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11 de abr. de 2012

Residência em Malibu por Griffin Enright Arquitetos.


Ao entrar na casa de Gina e Michael Thaxton, o visitante se deslumbra com a vista que atravessa as paredes e os móveis de vidro da sala de estar: um terraço ajardinado, a comprida piscina, depois da qual vemos um denso bosque de árvores mediterrâneas e, finalmente, o Pacífico.

A casa rodeada por um bosque, atrás do qual está o Oceano Pacífico. No jardim, pedras retiradas do leito de um rio chinês atuam como esculturas (Fotos: Ethan Pines, do The New York Times)
A casa rodeada por um bosque, atrás do qual está o Oceano Pacífico. No jardim, pedras retiradas do leito de um rio chinês atuam como esculturas 
(Fotos: Ethan Pines, do The New York Times)
A casa, localizada sobre Point Dume, um promontório no oeste de Malibu, ao mesmo tempo oculta e valoriza o seu trunfo – até a entrada de carros, oferece apenas breves vislumbres laterais da vista. E o interior, com sua progressão de espaços e paredes curvas que bloqueiam o alcance da visão sem encerrar os cômodos, também se concentra em atrair seus ocupantes na direção de uma espécie de dança dos véus. 
Em 2004, quando Thaxton comprou a propriedade, os donos anteriores já tinham dado início à construção de uma mansão de estilo mediterrâneo. Ele dispensou o projeto original para evitar um longo processo de aprovação da obra e, por indicação de amigos, procurou o escritório dos arquitetos Margaret Griffin e John Enright
O quarto do casal cercado de panos de vidro
O quarto do casal cercado de panos de vidro
Enquanto a casa de 560 m² era projetada, Thaxton metralhou os arquitetos com ideias que ele via em revistas e construções durante suas viagens. Eles avançaram e retrocederam, num processo que durou meses, tratando de elementos como a caixa de luz coberta de resina encravada no teto do estar, o que a princípio causou estranhamento em Thaxton, mas afinal se tornou um de seus detalhes preferidos da casa. Gina adora a integração dos espaços, porque permite que ela encontre o marido a qualquer momento com um grito. 
O casal viajou muito, o que pode ser visto nos acabamentos, no mobiliário e nas obras de arte. Um cocar trazido de Zâmbia é exibido ao lado da entrada da sala de estar e réplicas de três sinos de monastérios tailandeses são usadas como candelabros no hall. Do lado de fora, imensas rochas encontradas no leito de um rio chinês, trazidas de uma galeria próxima, servem como esculturas. 
O chão de concreto da sala de estar pretende imitar o dos modernos lofts de Nova York e prossegue (mas sem polimento) pelo pátio exterior. Após idas e vindas, Thaxton se convenceu de que aquele era o projeto certo para a casa, com suas tonalidades de marrom, madeira quente e formas curvas, que transmite a sensação de ter sido formada a partir da terra que a cerca.


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