Basta um quadro na mão que as dúvidas na cabeça surgem como um vendaval: onde colocar? A que altura do chão? E a moldura? É possível misturar estilos? Como manter? Para afastar de vez todos os fantasmas, montamos simulações feitas pelo arquiteto Carlos Rossi.
Uma opção para driblar a disposição clássica é preencher uma área pré-definida com trabalhos de tamanhos diferentes. Neste caso, um retângulo foi desenhado com base na altura das peças maiores e na largura de todo o conjunto e preenchido, no centro, com os quadros menores.
Altura certa - Para uma boa visualização, os olhos precisam estar na mesma altura da obra. Para isso, recomenda dispor as peças a 1,60 m do chão. Mas isso não é regra: exposições diretamente sobre o piso estão em alta.
Brinque com tons - A montagem das obras foi pautada pela cor da parede: um vermelho queimado. O pigmento está presente em três peças. A exceção é a da direita, cuja figura tem o tom predominante das dispostas no centro.
Sobre o sofá - Para não errar, centralize o quadro tendo como base a largura do sofá, na horizontal, e a distância entre o topo do encosto e o teto, na vertical.
A fotografia como elemento decorativo está em alta. Aqui, o ponto de partida foi centralizar a panorâmica da cidade de são Paulo para ressaltá-la e, a partir dela, agrupar as outras obras de acordo com o tema e fixá-las, simetricamente, a uma distância de 15 cm do quadro base.
Até no chão - Fotografias apoiadas sobre o piso se tornaram uma tendência na decoração. Para causar um belo efeito, trabalhe com peças grandes, sobrepondo-as de acordo com a altura. Vale ressaltar que esta disposição não é indicada para ambientes de passagens e locais estreitos.
Paspatur para orientar - A cor do paspatur direciona a leitura da obra. Por isso, é preciso experiência para trabalhar com materiais coloridos. Para acertar de primeira, prefira tons que não interfiram no conteúdo, como o bege e o preto. Lembrando que fotografias em preto-e-branco pedem molduras brancas ou pretas, com paspatur neutro.
Aqui, o objetivo era destacar o quadro central. Para isso, ele foi centralizado em relação à largura estabelecida para toda composição – 2,80 m – e tomado como referência para o alinhamento superior. Outra preocupação foi manter a mesma distância entre as quatro obras que o cercam, definindo assim a base para o alinhamento inferior. As demais peças foram usadas para preencher a área pré-estabelecida.
No corredor - Para que o volume da composição não sobrecarregue o ambiente, escolha um local amplo e com poucos elementos, como um corredor extenso, desde que o quadro de destaque fique centralizado em relação à largura da metragem.
Para toda a vida - Para obras contemporâneas, há vários tipos de montagem, e todos partem de um princípio básico: o vidro não pode encostar no trabalho, algo garantido pelo paspatur (borda em torno da obra). Andrea Angulo, especialista em montagem e conservação, alerta para a importância do paspatur e da cola com pH neutro para evitar a corrosão da peça. E estes devem ser trocados a cada cinco anos em ambientes climatizados e, a cada dois, em casas de praia.
Misture estilos - Combinar quadros com molduras e temas diferentes é um desafio que exige prática e bom senso. O casamento harmonioso entre o clássico e o moderno se deu com a junção dos caixilhos dourados – a maioria em fundo preto – com os maiores, unidos, por sua vez, pela proximidade do tema e da cor.
Antes de perfurar a parede, teste a montagem no chão. Em seguida, transfira as medidas para a superfície com o auxílio de uma fita adesiva.
Trabalhar com obras iguais é sinônimo de facilidade. Uma opção simples e certeira é centralizá-los em relação à largura da parede e alinhá-los com o batente da porta, como estes quadros, colocados a 10 cm do ponto central da parede e a 1,60 m do chão.
Explore o hall - Impressione as visitas logo na entrada da casa, vestindo as paredes com telas grandes e verticais como estas.
Apesar do despojamento, nota-se um equilíbrio nesta disposição, conquistado com o destaque dado a uma obra. Neste caso, a escolhida foi a peça central, a partir da qual as outras foram fixadas, respeitando sempre a distância de 12 cm entre elas.
Parede livre - Uma superfície vazia, mas de grande visibilidade, seria o local ideal para expor uma composição de proporções semelhantes.
Cores balanceadas - A explosão de cores foi suavizada pelo uso de tons claros no entorno e nas molduras. Para os mais descolados, o fundo vermelho é uma opção excelente, pois destaca as obras. Agora, se o objetivo for criar um ambiente clean, aposte na parede branca.
Acerte no tema-| Uma dica é delimitar um tema, como foi feita nesta ocasião com obras ligadas à Pop Art. A figura geométrica da esquerda é a única que escapa das cores vibrantes.
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